O consórcio FCC Construção-Convensa-ACA enfrentou o desafio de executar a maior obra do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal: a construção da nova Linha Rubi (H) do Metro do Porto, entre a Casa da Música e Santo Ovídio, com um orçamento superior a 379 milhões de euros.

Os principais desafios incluíam:

• Controlar exaustivamente o avanço da obra e a gestão de recursos numa infraestrutura complexa e de grande escala.
• Minimizar o impacto ambiental, especialmente sobre a arborização e o ambiente urbano.
• Coordenar equipas multidisciplinares e partilhar informações em tempo real para uma tomada de decisões ágil e colaborativa.
• Garantir a rastreabilidade e precisão de todos os dados gerados durante a obra.

Para superar estes desafios, a FCC Construcción e a Convensa, em colaboração com a Esri Espanha, implementaram uma integração avançada de tecnologias geoespaciais e de modelação digital, destacando:

• Utilização combinada de GIS (Sistemas de Informação Geográfica) e BIM (Modelagem de Informação para a Construção) para a gestão centralizada e geolocalizada de todos os modelos construtivos e dados espaciais do projeto.
• Criação de gémeos digitais através de modelos 3D gerados a partir de nuvens de pontos LIDAR, fotografia 360º e dados de sensores de auscultação, permitindo a monitorização em tempo real da infraestrutura e do ambiente.
• Sincronização automática de modelos BIM com dados em tempo real através da plataforma ArcGIS e da nuvem da Autodesk, facilitando o trabalho colaborativo e a interoperabilidade entre equipas.
• Implementação de um sistema de monitorização com sensores (inclinómetros, piezómetros, sistemas óticos) cujos dados são visualizados num único painel de controlo.
• Catalogação e acompanhamento digital das massas arbóreas afetadas, com acesso e atualização em tempo real para autoridades e serviços municipais, graças a aplicações móveis específicas.

A aplicação desta solução tecnológica proporcionou benefícios tangíveis e estratégicos:

• Eficiência operacional: redução de tempos e custos graças à gestão centralizada da informação e à colaboração fluida entre equipas multidisciplinares.
• Melhor controlo e tomada de decisões: visualização e análise em tempo real do avanço da obra e do impacto ambiental, permitindo respostas ágeis e fundamentadas.
• Sustentabilidade e compromisso ambiental: identificação e proteção eficiente da arborização e do ambiente, otimizando as medidas de mitigação e facilitando a rastreabilidade das ações ambientais.
• Inovação e referência setorial: o projeto tornou-se uma referência internacional na digitalização de infraestruturas, apresentado na Esri International Infrastructure Management & GIS Conference.